As lesões apresentadas por atletas estão relacionadas com o tipo de esporte e gesto esportivo praticado com maior freqüência. Lesões musculares e articulares, são mais freqüentes em alguns esportes.
No Brasil, a grande quantidade de praticantes do futebol, faz com que tenhamos com bastante freqüência, um grande número de lesões musculares nos membros inferiores (estiramentos de panturrilha e da coxa), além de lesões ligamentares do tornozelo e joelho (entorse). No futebol, existe muito impacto sobre as articulações, além do contato físico e movimentos de giro sobre os membros inferiores. Na prática do vôlei, as lesões mais freqüentes são no ombro, abdômen, e nos joelhos. O atleta do tênis, com frequência apresentam dor no cotovelo e punho, relacionado ao esforço repetitivo praticado durante o exercício.
As lesões apresentadas pelo atleta profissional são similares à do atleta amador e do não atleta. O que os diferencia é a condição prévia apresentada pelo atleta, que normalmente tem um excelente condicionamento físico o que faz com que o mesmo recupere muito mais fácil das lesões. Outro fator importante que facilita o tratamento é a disponibilidade que o atleta profissional tem para dedicar-se ao trabalho de fisioterapia e condicionamento físico, diferente do não atleta que muitas vezes tem que dividir seu tempo entre a reabilitação e suas atividades laborais.
Um fator negativo apresentado pelo atleta é a pressão exercida pelo mesmo e pelo clube para seu retorno. O atleta, principalmente no início da carreira, não se permite respeitar o tempo para uma recuperação adequada, causando assim novas lesões, e necessitando de novos afastamentos. Isso ocorre devido a competição entre os iniciantes para conseguir uma vaga de titular e manter-se no mesmo nível de desenvolvimento do seu grupo.
Durante o tratamento, toda equipe (médicos, fisioterapeutas, psicólogos), devemos nos emprenhar para controlar a ansiedade e as pressões sofridas, advindas dos pacientes, familiares e clubes, fazendo todos trabalhar juntos e transformando a ansiedade em motivação, para que o paciente se dedique ao máximo possível ao programa de reabilitação, tendo um retorno seguro a prática desportiva.
Quanto ao tipo de tratamento e técnicas empregadas na resolução da patologia , sejam conservadoras ou cirúrgicas, em nada difere a abordagem do atleta profissional, do amador e do não atleta, pois buscamos sempre o que existe de mais moderno e tecnicamente adequado para cada paciente, indiferente da sua atividade profissional ou esportiva.
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